Opinião

Research Highlights: Melhorando a competitividade através de uma desvalorização fiscal: o caso de Portugal

Paper  da autoria de Francesco Franco, da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, sobre a hipótese de uma desvalorização fiscal (vulgo redução da TSU) como instrumento de recuperação da economia portuguesa, encomendado pelo Forum para a Competitividade e discutido entre os seus membros no segundo semestre de 2010.(carregar aqui para acesso ao documento original)

Chipre e o fim do euro

“A confiança nos políticos europeus está nas ruas da amargura, porque já se perdeu a conta às vezes que eles disseram que algo não se iria fazer, para ser feito pouco tempo depois. Mas agora, a perda de confiança estende-se à banca, com previsíveis impactos terríveis na economia e no emprego.” Artigo de opinião de Pedro Braz Teixeira, publicado no Jornal de Negócios de hoje, dia 21/03/2013 (carregar no texto para acesso ao documento original)

O esplendor da teoria da espiral recessiva

“Infelizmente, por fim, todos parecem rendidos. A teoria da espiral recessiva conquistou quase todas as almas. A política de austeridade que os poderes públicos pareciam dispostos a conduzir com firmeza está cada vez mais em risco e é atacada com eficácia por todos os lados. A diabolização da austeridade é francamente assumida por muitos de quem se esperavam avaliações mais contidas e rigorosas.” Artigo de opinião de Avelino de Jesus, publicado no Jornal de Negócios de hoje, dia 18/03/2013 (carregar no texto para acesso ao documento original)

A reforma do IRC: os pequenos negócios

“Perto da minha casa existe um pequeno estabelecimento de venda de jornais, revistas e outros produtos congéneres a que vou praticamente todos os dias. Converso um pouco com os donos, um casal já reformado, que há bastantes anos ali explora o seu negócio.

Quando lá fui, ontem, estavam em grande actividade, a arrumar coisas, a encher caixotes, a retirar das prateleiras os produtos que comercializam. Naturalmente perguntei a que se devia aquela azáfama. Vão fechar o estabelecimento! Perguntei, então, qual a razão para abandonarem o “negócio”. A razão é simples, disseram-me, não conseguem suportar o peso dos impostos!” Artigo de opinião de Celeste Cardona, publicado no Diário de Notícias de hoje, dia 07/03/2013 (carregar no texto para acesso ao documento original)

As prioridades do ajustamento

Um excelente artigo de Lorenzo Bini Smaghi (LBS), publicado ontem (05/03) no Financial Times, a propósito do caso Italiano, tem evidentes aplicações também ao caso Português.

Sem se referir, directamente, a Portugal LBS desmonta a estratégia seguida desde o início do processo de ajustamento e, designadamente, desde o pedido de resgate em Maio 2011.

Sublinha que a alteração do comportamento dos “Mercados” foi determinante na decisão dos Governos iniciarem um verdadeiro “ajustamento”. Ou seja, só à beira do precipício do incumprimento generalizado de obrigações internacionais e de compromisso internos (salários, pensões, facturas de serviços essenciais) é que esses Governos se decidiram a actuar.

Regista, ainda, que quando decidiram fazê-lo procuraram o caminho politicamente mais fácil – o do aumento de impostos – como forma de atacar o défice orçamental. Deixaram, assim, para mais tarde, o caminho (mais penoso) das reformas estruturais que constituem o segundo pilar de qualquer processo de ajustamento, o que teve (e tem) consequências nefastas ao nível do potencial de crescimento.

Foi o receio da confrontação com os lobbies políticos, sindicais e corporativos que determinou esta ordem perversa de prioridades. No caso Português, isso traduziu-se numa reforma laboral “descafeinada” (e tardia) sem relação com a dimensão exagerada da reacção sindical, reacção que se verificou, aliás, em ocasiões anteriores em que a legislação laboral foi “mexida”. Traduziu-se, também, numa reformazinha dos mercados de utilities, particularmente da energia e telecomunicações. Traduziu-se, ainda e principalmente, no adiamento de uma verdadeira reestruturação das Administrações Públicas (a tal dos 4 mil milhões).

Esta inversão de prioridades, o agravamento da carga fiscal e o falhanço da redução da TSU por contrapartida do aumento do IVA (que o Forum defendeu publicamente desde Junho 2010) provocaram uma recessão económica bem mais profunda do que previsto.

Os que agora apontam o dedo pelo agravamento do desemprego e da crise económica foram, contudo, os primeiros a contestar as reformas estruturais e são, porventura, mais responsáveis por aquele agravamento do que o próprio Governo. Porque não se calam?

 

Forum para a Competitividade

06/03/2013

Reform denial poses bigger threat to Italy than austerity

 

“An apparently obvious conclusion from last month’s Italian elections is that citizens – ie, voters – don’t like austerity programmes. The question that voters, especially in Italy, may not yet have reflected upon is what is the alternative in order to reduce the excessive burden of the debt, public or private, which has been accumulated over the past. There are at least three choices.” Artigo de opinião de Lorenzo Bini Smaghi, publicado no Financial Times ontem, dia 05/03/2013 (carregar no texto para acesso ao documento original)

 

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